Welcome to F.I.E.L.D.- the First Ismaili Electronic Library and Database.

Atribuídos prémios Aga Khan-2001-11-14

Date: 
Wednesday, 2001, November 14
Location: 
Source: 
www.dn.lusomundo.net
Author: 
PAULA LOBO

O arquitecto Geoffrey Bawa, do Sri Lanka, foi ontem distinguido com o Chairman's Award dos Prémios Aga Khan, numa cerimónia que decorreu na histórica cidadela de Aleppo, na Síria. Atribuído pelo Aga Kahn Trust for Culture a arquitectos que desevolvam conceitos de construção consentâneos com as necessidades e aspirações das sociedades islâmicas, foram ainda premiados nove projectos, dos 427 que se candidataram a estes prémios trienais.

Depois do egípcio Hassan Fathy (em 1980) e do iraquiano Rifat Chadirji (1986), Geoffrey Bawa é o terceiro vencedor do Chairman's Award. Nascido em 1919, Bawa é considerado o arquitecto mais influente do país, mas pouco conhecido fora da Ásia.

Filho de um advogado, estudou Direito em Londres, exercendo a profissão de advogado até à década de 50. Em 1957, com 38 anos, licenciou-se na Arquitectural Association de Londres e regressou ao Sri Lanka, onde concebeu o novo Parlamento de Kotte e a Universidade de Ruhunu, parques, hotéis e residências. Este prémio homenageia agora a sua carreira e concepção cenográfica do espaço.

Criados em 1977 pelo príncipe Aga Khan, imã (líder espiritual) dos muçulmanos ismaelitas, os Prémios Aga Khan de Arquitectura (no valor global de 500 mil dólares) são dos mais importantes galardões da disciplina. Nesta oitava edição foram distinguidos os projectos: New Life for Old Structures (recuperação de edifícios históricos do Irão), reconversão da vila de Ak Iktel (Marrocos), Barefoot Architects (construções populares em Tilonia, Índia), o aviário de Kahere Eila (Guiné), o Museu Nubian (Egipto), a vila para órfãos SOS Crianças (Jordânia), o Centro Social Olbia (Turquia), o parque Bagh-e-Ferdowsi (Irão) e o Hotel Datai (Malásia).

Presidido por Aga Khan, o comité directivo dos prémios contou este ano com a participação de Frank O. Gehry (arquitecto do Guggenheim de Bilbau e jurado em 1992; função que o português Siza Vieira exerceu em 1992). O júri de 2001 foi composto pelos arquitectos Darab Diba (Irão), Dogan Hasol (Turquia), Ricardo Legorreta (México), Glen Murcutt (Austrália) e Raj Rewal (Índia), por Abdou Filali-Ansary (professor marroquino), Mona Hatoum (artista libanesa), Zahi Hawass (arqueólogo egípcio) e Norani Othman (sociólogo da Malásia).


Back to top